Introdução


Aqui encontram-se as principais perguntas acerca do Molinismo, que podem servir como uma introdução ao tema.

O que é o Molinismo?

O molinismo, chamado assim em homenagem ao teólogo jesuíta espanhol do século XVI Luis de Molina, é uma doutrina filosófica que tenta reconciliar a providência de Deus com o livre arbítrio humano. O Molinismo sustenta que Deus inicia a salvação e, em sua providência, sabe de antemão o que e quando suas criaturas escolheriam, em sua livre escolha, para aceitar ou rejeitar sua salvação disponibilizada a eles em Jesus Cristo.

Qual a importância do Molinismo?

Molinistas acreditam que isso pode ajudar a compreensão da salvação. Desde Agostinho e Pelágio tem havido debate sobre a questão da salvação; Mais especificamente, como pode Deus eleger crentes e crentes ainda vir a Deus livremente? Os protestantes que se inclinam mais para a eleição e soberania de Deus são geralmente calvinistas, enquanto aqueles que se inclinam mais para a livre escolha da humanidade seguem o arminianismo. No entanto, o Molinista pode abraçar tanto a soberania de Deus quanto a livre escolha humana.

O que é o conhecimento médio?

É melhor caracterizada como conhecimento prévio de Deus de todos os verdadeiros contrafactuais da liberdade das criaturas. Este conhecimento é visto pelos molinistas como a chave para entender a compatibilidade entre a providência divina e a liberdade (libertária) da criatura.

O conhecimento médio é assim chamado porque se dá entre o conhecimento natural e o livre nas deliberações de Deus a respeito do processo criativo. De acordo com a teoria, o conhecimento médio é como o conhecimento natural na medida em que é pré-experimental, ou antes da escolha de Deus para criar. Isso, naturalmente, também significa que o conteúdo do conhecimento médio é verdadeiro independente da vontade de Deus e, portanto, Ele não tem controle sobre ele. No entanto, não é o mesmo que o conhecimento natural porque, como o conhecimento livre, seu conteúdo é contingente. A doutrina do conhecimento médio propõe que Deus tenha conhecimento dos estados de coisas metafisicamente necessários através do conhecimento natural, do que Ele pretende fazer através do conhecimento livre e, além disso, do que criaturas livres fariam se fossem instanciados (via conhecimento médio). Assim, o conteúdo do conhecimento médio é composto de verdades que se referem ao que Seria o caso  se vários estados de coisas fossem obtidos.


Quem foi Luis de Molina?

Nascido em 1535, em Cuenca, na Espanha, de 1551 a 1562, Molina estudou direito em Salamanca, filosofia em Alcala de Henares e teologia em Coimbra. Depois de 1563, tornou-se professor na Universidade de Coimbra e depois lecionou na Universidade de Évora, em Portugal. Deste posto, ele foi chamado, no final de vinte anos, para a cadeira de teologia moral em Madrid, onde morreu, em 1600.

Além de outras obras, ele escreveu De liberi arbitrii e gratiae donis, divina praescientia, praedestinatione e reprobatione concordia (4 vo., Lisboa , 1588); um comentário sobre a primeira parte da Summa Theologiae de Tomás de Aquino (2 vols., fol., Cuenca, 1593); e um tratado De jure et justitia (6 vols., 1593–1609).

Quem são defensores contemporâneos do Molinismo?

William Lane Craig, Alvin Plantinga, Dave Armstrong, Alfred Freddoso, Thomas Flint e Kenneth Keathley

Como funciona a soteriologia no Molinismo?

É adotada a posição de que Deus possui o conhecimento médio. De acordo com a doutrina do conhecimento médio, Deus sabe o que as pessoas fariam em quaisquer circunstancias. No caso, o acrônimo é ROSES:

Radical Depravity - Depravação Radical
Overcoming Grace - Graça Superior
Sovereign Election - Eleição Soberana
Eternal Life - Vida Eterna
Singular Redemption - Redenção Única

No caso do molinismo, com a eleição soberana, Deus viu os mundos possíveis onde as pessoas que vão crer nele são livres, e ele escolheu um desses mundos antes da criação. Em outras palavras, Deus viu os mundos possíveis onde estavam os eleitos, os mundos possíveis onde esses eleitos eram livres, e os mundos possíveis onde esses eleitos eram livres e salvos. Então, Deus elegeu essas pessoas individualmente, e escolheu o mundo possível onde elas seriam salvas livremente.


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